A Noemi tem três anos. Há poucos meses, ela começou a desenvolver algumas habilidades artísticas, tais como desenhar. Assim, constantemente, os seus pais dão-lhe lápis e papéis para que ela possa desenvolver esta nova habilidade.
E o que a Noemi desenha? Na maioria das vezes, ela desenha alguns círculos com mais dois círculos dentro dos círculos maiores, formando, segundo ela, rostos. Os seus desenhos são uma tentativa de desenhar ela mesma e os seus pais. Contudo, tais desenhos são apenas imagens distorcidas daquilo que são realmente as pessoas por ela representadas.
Assim como a Noemi tenta criar imagens dos pais e dela mesma, o ser humano tem vindo a criar imagens de Deus de forma distorcida. Mas diferente desta criança, a humanidade em geral, deseja limitar uma divindade a um simples objeto, violando desta forma o segundo mandamento do Decálogo (Êx 20.4,5).
Isso se dá pelo facto de que o homem, em seu estado caído, deseja estar no lugar de Deus, consciente ou inconscientemente. Criamos ídolos para adorar, louvar e depositar a nossa confiança.
Seria hilariante, se não fosse um absurdo terrível!
Como podemos colocar fé em coisas menores do que nós?! O vazio causado pela ausência de Deus, deixado em nós por causa do pecado, levou-nos a criar inúmeros deuses, na tentativa de obter plena satisfação, que só encontramos no Senhor.
As pessoas idolatram cantores, louvam e fazem de tudo para obter nem que seja uma fotografia destes. Mas todos os cantores veem o seu momento de fama ir por água a baixo, em pouco tempo. Famosos se envolvem em inúmeros escândalos, mostrando com isso que todos estamos sujeitos a falhas, até os “deuses”.
Há outros inúmeros deuses contemporâneos, tais como: o telemóvel, o dinheiro, a autoimagem, os estudos, o trabalho, etc. Tudo isso tem o seu devido lugar e deve ser usado com sabedoria, mas somente Deus é digno da nossa adoração, confiança e louvor.
Embora degenerados e caídos, em Jesus Cristo podemos reestabelecer a ligação que foi perdida no Éden, e adorar de forma correta e santa a Quem verdadeiramente merece TODA a nossa adoração.
Seminarista Thiago Teixeira