
É altamente provável que todos aqueles que irão ler este texto tenham tido uma experiência em comum durante as suas infâncias: estar de castigo.
O tipo de castigo e o seu rigor certamente será altamente variável conforme os tipos de famílias, o ambiente cultural, etc., mas não deverá ser difícil assumir que, em algum momento, seja de que modo for, aconteceu connosco.
Geralmente, estes castigos estavam relacionados com algo de errado que fizemos, como brigar com os irmãos ou na escola, desobedecer a ordens dos pais, estragar algo que não era suposto, entre tantos outros motivos.
Não teremos gostado do castigo na altura, mas, se fossemos plenamente sinceros, provavelmente iríamos admitir que foi merecido.
Naturalmente, o ser humano reconhece a justiça em, quando se faz algo de errado, haver uma consequência, geralmente negativa.
No entanto, poderá ser mais difícil compreender a necessidade de um castigo ou consequência quando há uma ausência de ação.
“Mas eu não fiz nada! Porque mereço um castigo?” Esta pode ser uma pergunta legítima se não entendermos que a falta de ação é, por vezes, tão ou mais grave que uma ação errada.
Falhar em agir corretamente, não realizar uma tarefa que era suposta, ignorar/fechar os olhos a uma necessidade alheia, terá também as suas consequências, muitas delas negativas, mesmo que não sejam diretamente ou imediatamente para nós.
Em Tiago 4:17 vemos isso de forma clara: “Portanto, pensem nisso: quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado”.
Palavras claras, mas também duras, se meditarmos bem no seu significado.
Que oremos e peçamos ao Senhor por sensibilidade e sabedoria para que, na face da necessidade ou da oportunidade de fazer o bem, não sejamos frios ou distantes.
Que sejamos capazes de agir conforme aquilo que Deus deseja para as nossas vidas, refletindo assim a Sua luz num mundo que precisa desesperadamente dela.
Ir. Gabriel Venturini de Souza